— Sim. — Ademir assentiu.
— Por quê? — Karina não entendia.
Pela lógica, se ele quisesse facilitar a entrada da Vitória na família Barbosa, não deveria ter contado ao Sr. Otávio que o bebê em sua barriga não era seu filho biológico?
— O que você acha? — Ademir abaixou a cabeça e a olhou como se estivesse falando com uma tola. — Depois que nos separamos, meu avô ficou tão irritado que acabou adoecendo. Se eu contasse que seu filho não é meu, você acha que ele não pioraria ainda mais?
Karina compreendeu. Fazia sentido.
Ao chegarem ao elevador, Karina parou.
— Obrigada por me acompanhar até aqui. Vou pegar o elevador, e você pode voltar a ficar com seu avô.
O quê?
Ademir ficou espantado. Tinham andado tão pouco, e ela já estava se despedindo?
O elevador parou e as portas se abriram. Não havia ninguém lá dentro.
— Vamos.
Antes que pudesse reagir, Karina sentiu o aperto em seu braço e, num movimento inesperado, Ademir a puxou para dentro do elevador.
Com as portas se fechando, e