Enquanto falava, acenou para Joyce:
— Joyce, vamos para casa, a mamãe ainda está lá te esperando. Senhora, com licença, precisamos ir.
— Tá bom.
Kauê estava relutante em deixar Joyce partir. Os lanchinhos que guardava na mochilinha ainda não tinham sido compartilhados com a irmãzinha.
— Irmão, eu vou embora agora.
— Espera aí. — Disse Kauê, aflito, entregando a mochilinha inteira para ela. — Tem um monte de coisinhas gostosas aí dentro, tudo para você.
Joyce piscou os olhos, hesitante. A mamãe não estava por perto, então não sabia se podia aceitar.
— Boa menina. — Heloísa segurou a mochilinha e a entregou à Nicole. — Pode aceitar, é presente do Kauê. Quando chegar em casa, fala que foi ele quem deu. Sua mãe não vai brigar, não.
— Tá bom.
Joyce sorriu, toda feliz, os olhinhos se curvando de alegria:
— Obrigada, senhora.
Senhora?
O coração de Heloísa doeu um pouco.
“Joyce, eu sou sua avó.”
Engolindo o choro que ameaçava subir, Heloísa apenas disse:
— Você é mesmo uma boa menina.
— Vamos,