O barulho era demais, e a voz alta fez Patrícia afastar um pouco o celular.
Filipe, sem resposta dela por tanto tempo, ficou ainda mais irritado.
— Patrícia? Ainda está ouvindo? Por que não fala? Patrícia!
Patrícia conteve o impulso de se irritar e aproximou o celular do ouvido:
— Pode falar mais baixo? Você vai acabar estragando o celular de tanto gritar, é tarde e incomoda as pessoas.
Como Filipe disse que não a encontrou, ele provavelmente estava perto do apartamento dela na Rua Alameda.
Os apartamentos eram muito próximos, então ele devia estar incomodando o descanso dos outros, certo?
— Tá bom. — Filipe abaixou o tom. — Vamos conversar direito. Onde você está? Vou te buscar.
Patrícia deu uma risadinha irônica:
— Filipe, quem é você para mim, hein? Por que viria me buscar?
— Patrícia...
— Tá bom. — Ao perceber que ele estava prestes a se irritar novamente, Patrícia decidiu não o provocar mais. — Estou na casa da Karina, vou dormir aqui esta noite.
— Karina?
— Sim.
— Tudo bem. — Fil