— Mas... — Karina fez uma pausa e olhou para Ademir. — Nos últimos dias, quando meu pai foi nos buscar, a Vitória também foi. Eu a odiava, ela deixava a vovó chateada.
Ademir entendeu. Agora, a questão estava muito clara.
Ele queria esclarecer, mas achava que não seria apropriado falar sobre Vitória na frente de Karina.
Além disso, e se realmente não fosse a Karina?
Afinal, já fazia tanto tempo que ele não conseguia se lembrar dos dias exatos.
Com dúvida e com o coração agitado, Ademir fingiu calma e bateu levemente no álbum de desenhos.
Sorrindo, ele perguntou a ela:
— Um álbum inteiro desenhado para ele, você gostava dele tanto assim?
— O quê? — Karina ficou surpresa, pegou o álbum da mão dele e começou a folheá-lo. Ela assentiu com a cabeça e respondeu diretamente. — Sim, naquela época, gostava muito, mas não entendia aquele sentimento.
Ela não tinha medo de que Ademir ficasse chateado, afinal, era coisa do passado.
— Vocês, homens, não entendem, ele realmente era o tipo que agradav