No momento em que a porta se abriu, ela ficou paralisada.
Será que sua falta de sono estava lhe causando alucinações?
— Ademir?
Ela nem em sonho ousaria imaginar que ele iria procurá-la!
Ademir estava parado na porta, apoiado em uma bengala.
Ele deu um passo e entrou na sala.
— Você, você... — Vitória estava muito nervosa. — Quer beber algo? Que tal um café? Tenho um café muito bom aqui...
Antes que pudesse terminar, o homem se virou de repente, com um olhar cortante como uma faca, a encarando com intensidade.
Vitória ficou paralisada.
“Por que ele está me olhando assim? Será que aconteceu algo com a Karina de novo? Mas eu não fiz nada.”
— Eu te pergunto. — Ademir não estava com paciência para conversa fiada, ele não estava ali para tomar café! — Naquela época, quando você me viu pela primeira vez, como foi?
Vitória ficou com medo:
— Primeira vez?
— Sim! — Ademir a olhou friamente. — Quando nos encontramos pela primeira vez na adolescência, como eu era? O que eu estava fazendo?
— Isso.