— Vou sim. — Ademir acariciou a cabeça dela. — O papai não vai mentir para você, Joyce sempre será a boa menina do papai.
Ouvindo a conversa entre pai e filha, Karina sentiu um amargor no coração e abaixou a cabeça para esconder a umidade nos olhos.
Ele olhou para ela:
— Entre.
Agora parecia que não havia mais nada a dizer.
— Está bem. — Karina assentiu, se esforçando para esboçar um sorriso. — Se cuide no caminho.
Ademir ficou parado, acenando para ela:
— Você e Joyce entrem primeiro, eu vou embora em breve.
— Está bem.
Karina não se atreveu a olhar mais para ele, nem a dizer mais nada, segurando Joyce enquanto entrava.
— Papai! — Joyce acenou com a mãozinha para Ademir. — Não se esqueça de mim, venha me ver!
— Com certeza. O papai promete. — Ademir sorriu e assentiu, com os olhos marejados.
Ficou parado, observando as duas se afastarem lentamente, até que finalmente desapareceram de vista.
Ele permaneceu ali, imóvel.
Assim, Karina o deixou...
Tudo isso parecia um sonho.
No dia anteri