O relógio marcava 06h07 da manhã quando a enfermeira empurrou a maca com Helen para dentro da sala de parto. Ethan vinha ao lado, de touca azul, jaleco, máscara pendurada no queixo e um olhar que alternava entre pânico absoluto e êxtase desorientado.
— Helen… amor… eu tô aqui, tá? — disse ele, andando de costas e tropeçando nos próprios pés. — Qualquer coisa, morde a minha mão. Ou meu braço. Ou minha cara. Pode arrancar um pedaço se aliviar.
— Ethan… respira. — respondeu ela, segurando o riso mesmo com as contrações aumentando. — Se alguém tiver que desmaiar aqui, vai ser você.
— Eu tô bem! Tô tranquilo! — afirmou ele, com a voz aguda e trêmula. — Só… minha perna tá meio dormente. Meu braço também. Mas é só ansiedade muscular.
— É o quê? — perguntou a enfermeira, rindo.
— Nada! Pode ignorar! Só me avisa quando for minha hora de… fazer alguma coisa útil.
Helen foi transferida da maca para a maca obstétrica com delicadeza. A obstetra entrou na sala sorrindo, com a equipe posicionada e o