POV Niyati
Naquela semana, as conversas entre mim e Vikram ficaram mais frequentes, mais leves também. Ele parecia sempre encontrar uma forma de me puxar para rir, para sonhar com coisas simples, aquelas que a gente esquece na correria do dia a dia. Eu sentia que estava me abrindo, mesmo com o medo ali, rondando como uma sombra silenciosa e insistente.
Ele tinha um jeito delicado de perceber quando eu precisava de espaço ou quando queria companhia, e isso me fazia sentir segura de um jeito que eu não esperava. Em meio a livros, aulas e aquelas horas intermináveis de estudo, ele surgia como um alívio, uma pausa necessária. Lembro que, num desses dias, ele apareceu na minha sala com dois cafés e um sorriso tão sincero que meu peito até doeu.
— Achei que isso poderia ajudar — disse, entregando um café quente para mim — Vi que você anda meio cansada.
— Obrigada, Vikram — respondi, surpresa. — Você não precisava.
— Eu quero. Você merece um pouco de cuidado — falou ele, olhando nos meus olh