Francisca despertou em um sobressalto, coberta de suor e tremendo por todo o corpo. Na penumbra do quarto ao lado, Antônio já havia corrido até lá e só se acalmou ao vê-la bem.
- O que aconteceu? - Perguntou Antônio.
Os olhos de Francisca estavam vermelhos e lacrimejantes:
- Sonhei que eu morri.
Aquela sensação era tão real. Ao mencionar a palavra morte, ela acidentalmente tocou uma corda sensível em Antônio. Ele se aproximou e a abraçou, acariciando suavemente suas costas, tentando deixar sua voz mais suave.
- Você não morreu, eu estou aqui. - Antônio pausou por um momento e continuou. - Não tenha medo.
Francisca demorou para voltar à realidade após o pesadelo. Ela olhou para cima, na direção de Antônio, mas a luz estava tão fraca que não conseguia ver o rosto dele claramente.
- Obrigada.
Ela disse suavemente. Em seguida, ela soltou gentilmente a mão de Antônio e se deitou novamente na cama. Sua formalidade e distância deixaram Antônio desconfortável. Desta vez, ele não voltou para o