Sílvio a olhava de cima, o semblante frio e impiedoso. Um sorriso cínico surgiu em seus lábios:
— Você acha que merece?
— Eu não mereço? E quem merece então? Lúcia? Sílvio, você realmente acredita que pode voltar a ser como antes com ela? — Giovana riu com desdém, enquanto estava jogada no chão, os olhos carregados de ironia. Com os dedos trêmulos, ela arrastava o sangue que se acumulava no piso.
Ao perceber o franzir de sobrancelhas de Sílvio, ela sorriu ainda mais.
O sapato de couro dele esmagou a mão dela com força. Giovana, no entanto, não parou de rir:
— Pode me matar, mas nunca vai conseguir voltar no tempo com ela. Se eu não me engano, Lúcia perdeu a memória de novo, não foi? Esqueceu tudo... Esqueceu você, esqueceu todo o sofrimento que você causou. Vocês podem até ter se reconciliado agora, mas e daí?
Giovana gargalhou alto, a voz ecoando no espaço vazio. Ela continuou, sem dar trégua:
— Entre vocês há uma bomba-relógio. Mesmo sem mim, ela vai recuperar as memórias. E você sab