Giovana ficou pasma:
- Você não vai me levar?
- Tenho coisas para fazer.
Sílvio olhava para a estrada à frente, com os postes de luz iluminando seu rosto bonito e sério através das folhas das árvores, tornando-o ainda mais frio.
Com a outra mão, Sílvio pegou uma caixa de cigarros, tirou um, acendeu-o, baixou o vidro da janela e começou a fumar.
- Mas, Sílvio, foi a Lúcia quem me ligou para eu vir te buscar.
Giovana mordeu o lábio, insatisfeita.
Sílvio respondeu friamente:
- Quem ligou, você procura.
- Hoje a Lúcia derramou café em mim. Fiquei apavorada. Fica comigo, ou pelo menos me leva para casa. - Giovana, com coragem, puxou o braço de Sílvio, balançando-o em súplica.
Sílvio olhou para a mão delicada em seu braço e franziu a testa com desgosto:
- Solte.
- Sílvio...
- Não quero repetir.
Giovana sabia que ele era firme em suas decisões.
Isso significava que Lúcia havia brincado com ela.
Giovana estava furiosa, já era a segunda vez que Lúcia a deixava na mão.
O SUV preto parou ao la