Sílvio continuava em silêncio.
Apagar todas as lembranças dela com uma injeção de amnésia… Isso seria realmente a melhor solução?
— Sr. Sílvio, a Sra. Lúcia está doente, tanto física quanto mentalmente. Se ela não esquecer essas lembranças, não será capaz de aceitar o tratamento. Quanto mais forçada, mais forte será a resistência dela. E isso só vai tornar as coisas ainda mais complicadas. — Argumentou o vice-diretor.
Sílvio ainda não disse nada.
Leopoldo, que até então estava em silêncio, decidiu falar:
— Sr. Sílvio, eu também acho que seria melhor para todos se a Sra. Lúcia esquecesse essas memórias dolorosas. Isso seria bom para ela e para o senhor. O que o senhor quer é que ela se recupere, que viva bem, certo? Mesmo que ela perca a memória, o senhor vai estar ao lado dela, e o amor pode ser reconstruído com o tempo. Mas, se continuar desse jeito, ela realmente pode não sobreviver.
Tudo aquilo fazia sentido para Sílvio. Ele sabia disso.
Sem as lembranças dolorosas, Lúcia talvez não