Lúcia suspirou, sentindo o peso das pílulas em sua mão, como se fossem feitas de chumbo.
— Por que você está pesquisando isso? Você não tem câncer. — A voz de Sílvio, leve e despreocupada, ecoou pelo ambiente.
Lúcia desviou o olhar da bula e olhou diretamente para ele:
— O que você acha?
Ele a encarava com uma expressão confusa e quase inocente.
Era ridículo. Ela realmente estava vendo inocência nos olhos de Sílvio?
Se Basílio não tivesse contado que ele já sabia sobre o câncer, ela certamente teria caído na atuação impecável de Sílvio.
Ele, acreditando que Lúcia estava apenas relutante em ter o bebê, tentou explicar pacientemente:
— Lúcia, esses remédios são para proteger o bebê. Se você os tomar, nosso filho vai nascer saudável.
Só com o nascimento da criança tudo voltaria ao normal.
— Você realmente acha que essa criança vai nascer? Acha que ela está saudável no meu ventre? — Lúcia soltou uma risada cheia de amargura.
Seu médico já havia sido bem claro: o bebê, devido à multiplicaçã