Abelardo continuava em estado vegetativo, sem mostrar qualquer sinal de melhora. Os aparelhos e os frascos de soro que deveriam estar conectados a ele haviam desaparecido, deixando-o lá, deitado como um morto-vivo, totalmente inerte.
Sandra tentava ligar para Lúcia, mas, após várias tentativas, ninguém atendia. Ela queria saber se Lúcia havia conseguido contatar Sílvio e quando Abelardo poderia voltar a receber os medicamentos. Do jeito que as coisas estavam, seria uma questão de tempo até que algo pior acontecesse.
Mas Lúcia não atendia, e Sandra, já desesperada, sentia-se cada vez mais frustrada.
— Lúcia, por que está agindo como uma criança agora? Por que não atende o telefone? Conseguiu falar com aquele desgraçado do Sílvio ou não? — Sandra murmurava, enxugando as lágrimas que escorriam pelo rosto.
Mal sabia ela que Sílvio já estava atrás dela, observando-a sem qualquer expressão:
— Está me procurando?
A voz fria e repentina fez Sandra estremecer. Ela virou-se devagar e encontrou S