Sílvio franziu a testa:
— Isso mesmo.
— A Srta. Lúcia, ela...
O médico estava prestes a dizer que ela tinha pouco tempo de vida e que estava grávida, precisando urgentemente de um aborto. Mas nesse momento, ouviram um fraco som de tosse vindo da cama.
Sílvio e o médico olharam para Lúcia, que abrira os olhos, com a aparência muito debilitada.
— Sílvio, eu gostaria de beber um pouco de água, pode me trazer um copo? — Lúcia pediu, com os lábios secos e rachados, fitando-o.
Sílvio, vestido com um sobretudo preto, camisa branca e uma gravata preta, estava imponente, observando-a com intensidade.
Sem expressão, ele desviou o olhar do rosto magro dela. O médico disse a ele que havia copos descartáveis no bebedouro do corredor.
Ele saiu do quarto. Lúcia esperou até que ele desaparecesse completamente antes de se virar para o médico:
— Não conte a ele sobre a minha condição.
— Mas, Srta. Lúcia, ele é seu marido. Além disso, ele parecia estar preocupado quando a trouxe para cá. — O médico diss