Quando o Falcão segurou meu pescoço, o medo tomou conta de mim de uma forma sufocante. Minhas pernas tremiam, e meu corpo inteiro ficou paralisado diante da brutalidade daquele toque. A respiração ficou presa na garganta, e um arrepio gélido percorreu minha espinha, me fazendo sentir ainda menor diante dele. Eu sabia que não tinha para onde correr, que não havia escapatória. Meu destino já estava selado no instante em que decidi sair daquela casa. Nunca deveria ter dado ouvidos à Sophia. Nunca deveria ter me deixado levar pela sua empolgação e caído na ilusão de que seria apenas uma noite qualquer. Agora, ali, sob o olhar impiedoso do Falcão, sentia cada célula do meu corpo implorar por proteção, mesmo sabendo que não havia para onde fugir. Os olhos dele eram sombrios, carregados de raiva e de uma frieza que me fazia sentir ainda mais vulnerável.
O peso das minhas escolhas recaiu sobre mim como uma avalanche. Durante tanto tempo, planejei formas de escapar, imaginando mil possibilidad