Livre dos seus medos Caterine Flynn, futura senhora Hartnett, está pronta para deixar o passado para trás e seguir a vida feliz com a família que estava construindo com o seu grande amor. Tudo está perfeito, mas um novo desafio surge e ela precisa aprender a dizer adeus, não só para o seu passado, mas para quem ama também. Alexander é mais que um homem apaixonado. Ele é devoto. Nunca percebeu que sentia falta de alguém em sua vida até conhecer a bela Caterine, porém, ele precisa ser forte, a vida está sendo dura para o casal e ambos terão que provar o seu amor e tenacidade para que não percam mais do que já perderam. No segundo volume da Trilogia Adeus, Carol Moura apresenta o desafio de deixar um amor ir para não perder outro. Escolhas precisam ser feitas e corações serão partidos para que uma nova vida surja. Ninguém disse que seria fácil. O amor não salva ou cura. Mas ele te faz buscar os meios para isso.
Ler maisALEXANDER
— Sim, acredito que um acordo seja mais prudente para o seu cliente, Marvin. Ele se declarando culpado pegará vinte anos — expliquei para o advogado de defesa de Edmund Rustings, um dos homens de Raymond Hoffman. Eu não tinha nada sólido contra o desgraçado lavador de dinheiro, mas estava pegando cada um dos seus testa de ferro. Eu chegaria nele.
— Falarei com ele, Alexander. Eu imagino que ele aceite o acordo. — Marvin era um advogado inteligente, não se valia de showzinho para conseguir a pena do júri. Ele olhava para o quadro e pegava o que fosse melhor para seus clientes.
— É o mais esperto a se fazer neste caso, ele se declara culpado e entrega o Hoffman, e talvez eu veja o que posso fazer para diminuir um pouco mais a sua pena — brinquei sabendo que se Edmund Rustings entregasse Hoffman era melhor que ele pegasse perpétua. No momento que ele colocasse seus pés na rua, estaria morto. De repente a porta do meu escritório se abriu e Caterine entrou vestindo um robe de seda preto quase me fazendo engasgar. — Hum... Marvin, acho que terminamos, eu hum... tenho um compromisso.
— Claro, Alexander. Desculpe incomodar fora do horário de expediente.
— Sem problemas... — Meus olhos não saíam da bela mulher que rodava a faixa do robe na sua mão.
— Ligo se houver novidades.
— Até breve, Marvin. — Desliguei e engoli em seco em seguida.
— Você está linda. — Consegui dizer enquanto analisava seu belo corpo. Ela estava produzida. Maquiagem combinando com o robe negro, cabelos arrumados para parecerem bagunçados e eu podia sentir o cheiro delicioso do seu perfume de onde eu estava. Caterine estava sempre de tirar o fôlego, mas, de alguma forma, estava mais linda ainda com a gravidez.
Quatorze semanas de gestação. Terceiro mês. Sua barriga mal tinha crescido. Os jeans já não cabiam, mas se não fosse por isso, nem nós perceberíamos que estava grávida. Carter contava os segundos para ter uma grande barriga, estava ansiosa para mostrar a gravidez a todos. Nossas famílias estavam ansiosas também. Bem, a minha família e a família de Caterine, com exceção de Amanda. Joselie era a mais animada. Sendo a única criança da família nos últimos oito anos, não via a hora de conhecer seu primo. Sim, nós ainda tínhamos certeza de que seria um menino e que se chamaria Simon.
— Obrigada. No entanto estou me sentindo sozinha no dia do aniversário do meu noivo — murmurou, fazendo a volta na mesa e se aproximando de mim. Era cinco de maio. Meu aniversário de trinta e cinco anos. — Quero dar o presente de aniversário dele, sabe?
— Você é meu presente, baby. Sabe disso. — Virei minha cadeira, ficando de frente para ela.
— Eu sei, você vive dizendo isso para mim, então pensei em: — Suas mãos pegaram as pontas da faixa do seu robe e abriram o laço. — já que eu sou o seu presente... — Deixando a frase no ar ela abriu e deixou a peça cair no chão revelando todo o seu corpo deliciosamente nu e apenas um laço cor de rosa amarrado em seu quadril.
— Jesus Cristo! — exclamei em meio a um gemido, sentindo minha calça se apertar imediatamente.
— Feliz aniversário — disse sorrindo de forma sedutora, seus olhos verdes brilhavam e o sorriso malicioso em seus lábios me diziam que eu seria muito bem tratado no meu dia. Abaixando na minha frente, ela abriu minhas pernas e levou suas mãos no botão da minha calça.
— Primeiro eu vou chupar você. — Engoli em seco enquanto suas mãos delicadas e hábeis manuseavam minha calça para fora do meu corpo. — Depois vou sentar em você e cavalgar enquanto canto “Parabéns a você”.
— Oh, Deus! — Choraminguei feito um menino.
Só duas pessoas no mundo conseguiram transformar “Parabéns a você” em algo sexy.
Marilyn Monroe e Caterine Flynn.
Futura senhora Hartnett.
ALEXANDERUm ano depoisSeus cabelos eram mais longos agora. O platinado tinha ido embora deixando o tom castanho claro, quase loiro, natural. Estavam presos de forma bagunçada porque ela estava suando demais de tão nervosa e ansiosa. Havia ganhado mais peso também e estava cheia de curvas. A maturidade chegou para ela de diversas formas. Todas positivas. Inclusive profissionalmente.Nós montamos um escritório de advocacia. Hartnett & Hartnett. Era um escritório mais para Caterine do que para mim, eu tinha meu trabalho na promotoria e não podia me envolver em seus casos oficialmente, mas claro que sempre lhe auxiliava. Mesmo assim ela fez questão que fosse Hartnett & Hartnett alegando que talvez eu quisesse deixar de ser promotor um dia. No escritório ela atendia pessoas de baixa renda. Realmente foi um grande passo para nós e ela parecia quase completa.Quase.O
CATERINEDizer adeus para Michael não foi difícil. Talvez, na época em que aconteceu, teria sido se tivesse tentado. Mas naquele momento, não.Eu deixei Melissa esperando no carro e procurei por seu túmulo levando o meu tempo, como ela havia permitido. Quando o encontrei, cumprimentei meu falecido noivo e sentei em cima do local onde ele descansava, de frente para a sua lápide.— Eu não vou me desculpar. — Fui categórica. — O que você fez comigo não tem perdão. E não é porque você está morto que está absolvido de tirar meu livre arbítrio e tomar decisões sérias em meu lugar. Você definitivamente não será absolvido por ter me agredido. Mas eu estou deixando você ir. Eu estou dizendo que não vou mais viver sob a sombra dos seus erros e dos meus erros do passado. Eu estou deixando
ALEXANDERAinda era difícil de acreditar que Melissa estava me deixando. Era difícil, mas também um alívio.Sentia-me culpado por me sentir aliviado também.Vai entender.Ter minha assistente apaixonada por mim e não corresponder era difícil, contudo, Melissa Dill havia sido uma boa amiga, especialmente nos últimos tempos. Sem contar o seu profissionalismo.Sempre tive certeza de sua capacidade, só não tinha ideia de que Bennett Stanford quereria comprar seu passe como se ela fosse um jogador de futebol do Real Madrid. Quando ele entrou em meu escritório apresentando-se como o representante da promotoria de Seattle no caso Hoffman, seus olhos e palavras não desviavam de Melissa. Como sempre, ela se mostrou ousada e eficiente o deixando ainda mais animado com o seu trabalho, ainda que eu desconfiasse que sua animação não era tanto de cunho profis
CATERINEFinalmente tinha chegado o dia da minha alta. Logicamente eu teria que continuar o meu tratamento. Antidepressivos diariamente, sem passar perto de nada alcoólico e terapia uma vez por semana até que o doutor Boomer me liberasse para consultas mensais. Eu me sentia bem, os remédios estavam fazendo o seu papel e eu pretendia levar adiante o tratamento. Queria ficar bem.Por outro lado, a perda do meu menino sempre me acompanharia. Aprendi com a terapia que a dor nunca passaria, mas que eu teria que seguir em frente e, eventualmente, eu aprenderia a conviver com ela. Eu também retomaria a minha vida, já havia feito isso uma vez e talvez agora fosse um pouco mais difícil, uma vez que eu não teria um amor, a minha janela, para seguir em frente.Pedi a ele para deixar eu pular a janela e ele deixou. Fez o que pedi e seguiu em frente.Como eu pude? Afastei o amor da minha vida novamente. Pela segunda vez
ALEXANDERAs ressacas moral, emocional e patológica brigavam entre si para saber quem infligia mais dor em mim. Quando acordei no dia seguinte, imediatamente pensei em Carter. Lembrei que tinha ligado para ela e falado coisas que não devia.Era cruel jogar na cara dela aqueles sentimentos. Merda! Eu não devia ter escutado Melissa.Olhei para o seu lado da cama e pensei em cheirar seu travesseiro para saber se o seu perfume ainda estava lá. Eu segurei a vontade para evitar que meu coração sangrasse mais um pouco.Quando conheci Caterine, tudo em mim mudou. Meu coração, minha alma, convicções, meu cotidiano, tudo. Foi uma reviravolta.A melhor reviravolta.Durou tão pouco tempo, não foi o suficiente. Eu não a tive o suficiente. Meu coração não se conformava com o rompimento. Tínhamos acabado de nos casar, de organizar o nosso
CATERINEEu não tive notícias de Alexander depois da noite em que ele me ligou. Ouvir suas palavras me machucaram tanto que pela primeira vez, em muito tempo, eu quis beber. Deitei na pequena cama e abracei minhas pernas. Em posição fetal eu chorei pelo resto da noite enquanto sussurrava meus pedidos de perdão.Pedi desculpas a Alexander e a Simon. Perdi meus amores. Perdi a minha família. Queria pegar o telefone e dizer a Alexander que estava arrependida, que queria que ele fosse me buscar, que me levasse para casa e me abraçasse como ele fazia quando pensava que eu estava dormindo. Queria ouvir seus pensamentos malucos.Eu nunca mais vou ouvir ele externando seus pensamentos sobre mim.**Passei meus dias na clínica lendo, passeando, ajudando na confeitaria e aprendendo a fazer novos doces. Eu continuava recebendo visitas. Mary e Josh e meu pai principalmente. Eu não ouvi nad
Último capítulo