Terra Suprema
Handall
O orgulho me invade. Valeu a pena todo esse tempo.
Caminho entre os escombros e o barulho do trabalho dos humanos ao meu redor me deixa maravilhado. Como não havia pensado nisso antes? Alguns percalços surgem para mostrar a nós um caminho mais vantajoso.
— Senhor, ela está passando mal — ouço uma voz aguda em meus ouvidos, mas não me importo. Quando eu era escravo alguém se importava com as minhas súplicas? Não!
— Deixe-a e volta a trabalhar — exijo ao observar a mulher com aspecto cansado, pele pálida e suja de terra e poeira.
— O sol está muito forte, só precisamos de água, senhor! — pede outro e reviro os olhos. Povo fraco.
Me abaixo, ficando de cócoras, e encaro o homem com a picareta em mãos. Ele está dentro de um buraco que estava sendo feito para a fundação do muro que quero construir.
— Eu já fui escravo — revelo e ele espanta-se. — Sabe o que me diziam quando eu falava que estava quente, que estava com sede, que só queria um copo de água? — O homem balan