Enquanto Killan estava fora com os outros dois homens, Hiran ficou comigo para fazer companhia, mas sinto que há algo mais.
— Precisamos conversar um pouco, tudo bem? — Hiran se aproxima e se senta ao meu lado.
— Tudo bem — sussurro.
Estou bem mais calma do que antes, mas bastou ele falar daquela maneira que meu estômago volta a se apertar com medo e ansiedade.
— Nós viemos de longe, e isso você já sabe — ele começa e eu aceno em concordância. — Você já ouviu falar em Terra de Luna?
— Já, mas ninguém foi para lá. Na escola ensinavam que é um lugar de lendas e absurdos sobrenaturais — explico tudo o que sei sobre o lugar.
— Em parte a descrição está certa. — Encaro-o diante sua afirmação. O que ele quer dizer com isso? — É um lugar de seres sobrenaturais como lobisomens e bruxas.
— Bruxas — murmuro com a lembrança dos boatos sobre os bruxos, mas depois do ataque as coisas voltaram a ser como antes, como se nada tivesse acontecido. — Você fala sobre aqueles que nos atacaram há dois anos