73. Me libertando

Eron

Estou bebendo desde que o Riuk desceu os degraus. O uísque queima menos que a verdade que ele jogou na minha cara.

Olho pra Cam e pro meu pai do outro lado do jardim. Eles são o casal perfeito. Poder e ternura. Dever e amor. Eles são completos.

E eu?

Se eu resolver ter alguém pra me preocupar o tempo todo, alguém pra dividir o peso… serei menos alfa?

Viro o terceiro copo.

Libby para ao meu lado.

Meu lobo responde antes de mim: peito infla, sangue ferve, cheiro dela invade tudo.

“Você deveria ter sido sincero.”

Engasgo com a bebida.

“Sincero com o quê?”

Olho pra ela, tentando ver se finalmente descobriu.

Ela sorri de lado.

“Sobre a foto.”

Algo dentro de mim se retesa.

“Ah… isso?” Tento manter a voz firme. “Eu não olhei direito.”

Ela ri, se apoia na grade.

“Até parece que você não me reconheceria.”

E ela tem razão. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Em qualquer vida.

Respiro fundo.

“A vida com a Rubi não foi fácil. Eu me martirizava todo dia por estar roubando algo do meu irmão.
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