CAPÍTULO 16
BILL NARRANDO
Respirei fundo tentando controlar a ansiedade. Não posso ficar nervoso independente do que aconteceu.
— Bia? — Falei baixo.
— Bill! — Ela deu um berro, parecia longe. — Tem um morcego me perseguindo! — Suspirei aliviado. Parece que um peso saiu das minhas costas.
— Porra, que susto. — Andei em direção a voz dela.
Ela estava escondida atrás de uma pilha de caixotes de madeira. Vi o morcego pendurado no teto, em um fio solto. Comecei a rir sozinho. Eu ofereci a mão para ela e ela a pegou. Fiz com que ela saísse dali, e a abracei.
— É só um morcego. Relaxa.
— Não é só um morcego, eu acabei de destruir um patrimônio público e aí o morcego me assustou, são duas coisas que me deixaram nervosa ao mesmo tempo. — Ela falou tudo muito rápido e isso me fez rir. — Ah, você tá rindo? Seu cretino! —Deu um tapa no meu peito e tentou se afastar do meu abraço, mas eu não deixei.
— Nossa, você ficou mais agressiva depois do primeiro crime. É, você tá contaminada, Bianca. — Bri