Ao ver que Karina estava prestes a se irritar, Ademir rapidamente colocou as mãos sobre seus ombros, seus lábios finos tocando sua orelha:
— Não fique brava, não importa o que eu faça, vou garantir que você tenha uma vida melhor do que todas as mulheres da Cidade J.
Karina, furiosa, soltou uma risada, mas sua raiva, ao atingir o auge, se transformou em uma calma surpreendente.
Ela ergueu uma sobrancelha e disse:
— Tanto faz, se é isso que te faz feliz.
— Muito bem, bem-comportada. — Ademir, com um sorriso satisfeito, deu-lhe um beijo na testa. — Vamos, a Joyce está pedindo pela mãe.
...
O carro parou em frente ao prédio do Grupo Barbosa. Karina olhou para Ademir de canto de olho:
— Você não disse que a Joyce estava pedindo pela mãe?
— Desculpe. — Ademir tentou acalmá-la. — Surgiu um imprevisto, mas será rápido.
Ademir tinha recebido uma ligação durante o trajeto, precisava vir até ali para entregar um documento, pois o arquivo estava armazenado nos computadores da empresa, e ele precis