Quando Joyce ouviu, imediatamente parou de chorar.
Porém, não ousou comer de imediato e, com um olhar cheio de dúvidas, foi até sua mãe:
— Mamãe, posso?
Ademir pensou, em silêncio, como Karina sabia lidar com a educação dos filhos.
Mesmo sendo tão pequena, mesmo sendo mimada por todos, Joyce tinha um caráter admirável; sempre sabia perguntar às pessoas mais velhas antes de tomar qualquer decisão.
Karina não poderia negar. As duas se encararam por um momento.
— Joyce, lembra de agradecer ao tio.
— Tá bom! — Joyce respondeu com alegria, sorrindo para Ademir. — Obrigada, tio.
— De nada.
Dessa vez, Ademir não ousou deixar que ela comesse sozinha. Pegou ela nos braços, com delicadeza, e começou a alimentá-la com a colher, sem pressa alguma.
Karina observava tudo em silêncio.
Esse era o poder misterioso do sangue, pensava ela: o Ademir parecia ter paciência infinita com a Joyce.
Não sabia quantas vezes ainda poderia testemunhar esse tipo de cena.
Pensando nisso, Karina sentiu uma pontada no