Filipe olhava com visível ciúme.
Ainda bem que era irmão de sangue. Mas, na verdade, mesmo sendo irmão, ele ainda se sentia um pouco incomodado.
— Paulo. — Filipe chamou. — Posso falar com a Patrícia a sós por um instante?
— Isso... — Paulo hesitou, lançando um olhar para a irmã.
— Não tem problema, irmão. — Patrícia assentiu, soltando o braço dele.
— Tudo bem, então.
Paulo pensou que o Sr. Pinto havia ajudado eles há pouco e, já que a irmã tinha concordado, não havia razão para desconfiar.
Ele afagou a cabeça de Patrícia:
— Vou te esperar lá fora.
— Tá bom.
Assim que Paulo saiu, Patrícia levantou o rosto e encarou Filipe:
— Obrigada por antes.
— Não foi nada. — Filipe sorriu com desdém. — Que situação, hein? Ter que sair com seu irmão para tratar de assuntos de trabalho...
Ele conhecia o gerente João e perguntou:
— Você está tentando conseguir um empréstimo?
— Sim. — Patrícia respondeu com sinceridade. — Já falei com vários bancos, mas só o gerente João se dispôs a conversar.
O que el