Os pés de Ademir escorregaram.
— Segundo irmão. — Bruno olhou para trás, preocupado. — Está tudo bem?
— Está tudo bem. — Ademir balançou a cabeça. Ele só tinha ficado distraído por um momento, foi por isso que escorregou. Fez um gesto com a mão. — Pode ir, não precisa se preocupar comigo.
— Tudo bem. — Bruno levantou a máquina que estava segurando. — Se precisar de algo, me avise.
— Claro. — Ademir acenou com a cabeça, indicando que entendia.
O caminho na ilha era difícil e, conforme o tempo passava, o semblante de Ademir ficava cada vez mais tenso. As pessoas sempre são gananciosas...
Agora que sabia que Karina estava viva, ele só desejava que Deus não lhe enviasse uma Karina ferida.
Não era que ele a rejeitasse, ele só temia vê-la sofrendo.
Ele parou. Bruno lhe ofereceu uma garrafa de água.
— Segundo irmão, descanse um pouco.
Ademir pegou a água, mas antes de beber, parou de repente e tocou o bolso.
— O que foi? — Perguntou Bruno, preocupado.
— Onde estão os meus doces? — Ademir fran