Senti braços me envolvendo por trás. Conrad. A dor dele era um espelho da minha.
— Ah, minha menina... — sua voz quebrada sussurrou perto do meu ouvido — Eu sinto tanto, tanto...
Ficamos assim, ajoelhados, chorando juntos no chão do seu consultório médico. Não sei quanto tempo passou. Talvez horas, talvez só minutos... O tempo já não significava nada agora.
Quando enfim o silêncio nos envolveu novamente, ele não era um alívio. Era um luto antecipado, pesado, que já cobrava o seu preço.
— Então... — minha voz rouca quebrou o silêncio, e olhei nos olhos de Conrad, tão parecidos com os do filho. — Bennet agora é... um paciente terminal?
— Sim. — ele sussurrou, com um leve aceno de cabeça. — Tentamos tudo, Kali. Tudo mesmo.
— Eu sei. — disse Kabir, tocando o ombro de Conrad — Fui testemunha de cada tentativa. De cada noite em claro.
— Uma família de médicos... — Abigail sussurrou, ainda no sofá. — Donos de hospitais. Salvamos vidas todos os dias... e não vamos conseguir salvar o nosso fil