Marquei uma consulta pelo telefone, com outro nome e inventei o nome do meu “animal” para não ter perigo dele não querer me ver. Se eu fosse ele não iria querer me ver. Aguardava na recepção, quando chamaram meu nome fictício:
— Ana Maria.
Entrei em seu consultório, ele me deu boa tarde sem nem olhar para mim e meu “pet”.
— O que houve com o... Olhou para mim e ficou espantado.
— Oi, precisava te ver, achei que não gostaria de me ver, então agendei uma consulta — disse sorrindo para ele na tentativa de receber algo de volta.
— Poderia ter ligado — ele disse bem seco. — Que horas você sai? Preciso falar com você. Ele olhou para o relógio, — vai demorar. — Eu espero.
— Você não vai sair daqui certo? — Não. Respondi.
— Eu já paguei a consulta, então podemos conversar aqui mesmo. Ele me olhou com uma feição nada agradável. Então comecei: — Me perdoa, eu não fazia ideia do que sentia. Aquele dia, eu achei que poderia... sei lá, não achei nada, só aconteceu. Somos amigos e não que