O relógio do hospital avançava devagar, mas para Matteo cada segundo era uma eternidade. Ele caminhava de um lado para o outro no corredor branco e silencioso, os olhos marejados, as mãos trêmulas. Ainda podia sentir o corpo de Sophie desfalecido em seus braços, como se a vida tivesse sido arrancada dela.
Quando o médico enfim apareceu, Matteo quase perdeu o ar.
— Ela vai ficar bem. — disse o profissional, com voz firme. — O sedativo era forte, mas não letal. Ela precisa apenas de descanso.
As pernas de Matteo fraquejaram de alívio. Ele levou a mão ao rosto, respirando fundo, e então entrou no quarto.
Sophie estava ali, deitada na cama, a pele pálida e os lábios entreabertos. Um frágil sopro de vida que o fazia sentir-se ao mesmo tempo destruído e esperançoso. Ele se sentou ao lado dela, segurando a mão pequena e fria.
— Minha borboleta… — murmurou, os olhos ardendo. — Você não faz ideia do medo que eu senti. Achei que ia te perder.
Os cílios dela estremeceram e, lentamente, Sop