Os dias seguintes foram diferentes para Sophie.

O peso que sempre carregara nos ombros parecia finalmente se dissolver. A cada manhã, quando acordava no apartamento silencioso e seguro de Matteo, lembrava-se das palavras do advogado: “Você está livre.”

Era estranho. A liberdade ainda lhe parecia nova, como se não fosse totalmente real. Às vezes, acordava assustada no meio da noite, temendo encontrar Leonardo ali, mas bastava olhar para o lado e ver Matteo, firme, sempre por perto, para o coração se acalmar.

Ele respeitava seus espaços, a incentivava a comer bem, descansar, e até a sair para pequenas caminhadas no jardim do prédio. Sophie percebia como Matteo a tratava não como alguém frágil, mas como alguém valiosa. E isso, aos poucos, devolvia a ela uma força esquecida.

No quarto dia, Matteo entrou na sala com um semblante mais sério e, ao mesmo tempo, carregado de doçura.

— Sophie… — começou, ajeitando as mangas da camisa. — Eu queria te convidar para jantar comigo hoje à noite.

Ela