Siena Dal
Depois do beijo, depois das lágrimas, nós nos sentamos. Wei ainda segurava minha mão sobre a mesa, como se tivesse medo de que eu pudesse desaparecer se ele a soltasse. O café ao nosso redor continuava seu ritmo matinal, mas para nós, o mundo havia se reconfigurado.
—Um bebê—, ele disse novamente, a palavra ainda cheia de admiração. Ele olhou para a minha barriga. —Você está bem? A viagem... Kenji disse que você não estava bem.
—Foram apenas as náuseas. E o medo—, admiti. —Mas estou bem agora. Estou mais do que bem.
—Eu sinto muito por não estar lá—, ele disse, a culpa em seus olhos. —Eu deveria ter ligado. Eu deveria ter lutado mais.
—Não, Wei. Eu te afastei. Mas não vamos fazer isso. Não vamos olhar para trás com arrependimento. Nós só podemos olhar para a frente. E... é complicado.
A realidade começou a pesar sobre nós. A alegria ainda estava lá, uma brasa quente em nossos corações, mas agora estava cercada pelas paredes frias da lógica.
—Minha família—, ele disse, a prim