Siena Dal
A consciência retornou em ondas. Primeiro, uma sede avassaladora. Depois, uma dor aguda e pulsante em minha perna. E então, vozes. Vozes que meu coração reconhecia antes mesmo de minha mente processar.
Abri os olhos para o rosto tenso de meu irmão, Daniel. O alívio em seus olhos quando ele me viu acordar foi a primeira coisa real que senti.
—Siena?— ele disse, a voz surpreendentemente suave.
—Luna...— foi a única palavra que consegui forçar, o pânico já borbulhando.
—Ela está bem—, disse Bia, sua irmã trigêmea, aparecendo ao meu lado. Seu rosto, geralmente impecável, estava marcado pela preocupação. —Ela está aqui. Segura. Nós estamos todos aqui.
A verdade daquelas palavras me atingiu quando, ao longo da hora seguinte, o resto da minha família entrou no meu quarto na UTI. Meus pais, os rostos envelhecidos pela preocupação. Minha mãe chorou silenciosamente enquanto segurava minha mão. Meu pai, o cientista, já estava em uma discussão intensa com Daniel sobre meu plano de trata