Li Wei
—*Eu a encontrei. Ou pelo menos, para onde eles a estão levando. Um navio. Em Marselha. E, Wei... não é apenas um sequestro. É uma venda.*
As palavras de Clara pelo telefone criptografado atingiram meu cérebro como um raio. O medo e a dor que eu sentia se cristalizaram em uma única emoção: fúria. Uma fúria tão pura e fria que clareou minha mente. Venda. Eles estavam tratando-a como uma mercadoria. Eles a venderam.
—Qual navio? Qual porto?— perguntei, a voz desprovida de qualquer emoção exceto um gelo mortal. Kenji, ao meu lado na van de vigilância, olhou para mim, sentindo a mudança em meu tom.
—Navio de carga, nome 'Le Serpent de Mer'. Ele está programado para partir do porto de Marselha em menos de 24 horas. O manifesto diz que está carregando 'peças de maquinário' para um porto no Norte da África. É uma rota comum para o tráfico—, explicou Clara, sua própria voz tensa de raiva.
—Envie-me tudo o que você tem. Plantas do porto, horários de patrulha, especificações do navio. Tu