Capítulo 58

Alejandro Albeniz

Ir à delegacia não me trouxe nenhuma surpresa, agora eles levariam a sério a investigação do meu pai. O exame toxicológico mostrou uma alta dose de estricnina no sangue do senhor Albeniz. Um veneno biológico, altamente tóxico, que faz parecer que a pessoa morreu de taquicardia.

Por mais que eu entendesse lá no Can Roca que meu pai foi assassinado, ter certeza me deu uma sensação de raiva e impotência. Aquele sentimento de que eu poderia ter evitado e, se eu o fizesse, meu pai agora estaria aqui.

Eu fiquei um tanto incomodado com a postura do delegado em alguns aspectos, ele parecia banalizar tudo o que falei do Pavel e, principalmente, o fato de que alguém matou um cão e mandou a cabeça para Ximena dentro de uma caixa. Ele não ligou os fatos, ao menos foi essa sensação que me trouxe.

O homem barbudo, aparentando ter uns 50 anos, ainda pediu que eu tivesse calma e não mandasse o Pavel embora. Tentando me convencer, ele até citou um ditado: “mantenha seus amigos por p
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