42. PARANÓIAS DE LIBERDADE
DANNA PAOLA MADERO

Ciente de que a mulher não conseguia me ver, mas poderia me ouvir, e que se demorasse demais ela poderia estranhar e tentar ver se tinha alguém, decidi agir mais rápido.

Tomando meu último gás de coragem, impulsionei o corpo de uma vez para sair da cavidade apertada. Caí do outro lado no chão duro dessa vez. Não sei como, mas acabei caindo de costas, por causa do baque nas costelas, até o ar me faltou.

— Droga! — resmunguei me sentando no chão sentindo dores nas costelas ainda doloridas da última surra e a mão latejava um pouco, não deveria ser nada grave.

— Você está bem? — Alguém veio ao meu socorro e colocou as mãos nas costas me ajudando a levantar.

Fiquei calada e tensa. Se fosse um dos homens de Paul?

Olhei o homem de expressão preocupada a minha frente e lembrei da descrição de Mike: Homem ruivo, meio acima do peso e alto.

A dor sumiu como fumaça dando lugar ao alívio.

— Mike?

Ele me estudou estreitando os olhos. Encarou meu rosto por
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