Como se, de repente, tivesse tomado consciência do que estava fazendo, o homem puxou bruscamente as mãos de volta.
— Cof, cof! — Tossiu a mulher.
Sem a pressão em seu pescoço, ela desabou no chão, ofegando com dificuldade, engasgando-se enquanto tentava recuperar o ar.
Seus cabelos estavam completamente desalinhados, o rosto marcado por hematomas e manchas arroxeadas. A alça do vestido, rasgada, escorregara até a cintura, deixando sua aparência ainda mais desoladora.
Todos os homens na sala, por puro respeito, desviaram imediatamente o olhar.
Juliana, rápida, tirou o próprio casaco e o colocou sobre os ombros da mulher. Com uma das mãos nas costas dela, ajudou-a a respirar com suaves batidas.
O pavor ainda dominava a jovem. Seus ombros tremiam sem controle, e o olhar permanecia vazio, perdido no medo.
Foi então que o agressor pareceu, enfim, recobrar os sentidos. Encarou os recém-chegados com raiva e soltou um grito hostil:
— O que pensam que estão fazendo? Vou denunciá-los por invasão