— Ju, eu preciso resolver uma coisa agora. Assim que terminar, vou te encontrar.
Depois de fechar a porta do carro, Bruno se despediu rapidamente de Hildo, entrou no próprio veículo e partiu.
Dentro da viatura, Juliana e a mulher estavam sentadas juntas no banco de trás, enquanto Hildo ocupava o assento do passageiro na frente.
Sem virar o rosto, Hildo estendeu o braço para trás e entregou um lenço de papel:
— Enxugue as lágrimas.
Juliana pegou o lenço por ela.
Aos poucos, com a companhia deles, a mulher foi se acalmando. Seu rosto exibia marcas recentes de agressões. Havia um corte no canto da boca e hematomas espalhados pela pele.
Sob o casaco, no pescoço exposto, as marcas avermelhadas das mãos eram assustadoras. Era difícil imaginar quanto mais sofrimento ela teria enfrentado se eles tivessem chegado um pouco mais tarde.
Juliana perguntou em voz baixa:
— Ele costuma te agredir com frequência?
A mulher balançou a cabeça de forma lenta e rígida, mantendo o olhar abaixado. As mãos tre