Quando não envolvia interesses, tanto fazia.
Mas no momento em que algo tocava no que era conveniente... A amante sempre se colocava em primeiro lugar.
Afinal, Paty, para ela, era uma estranha.
Não tinham nenhum laço de sangue.
Por que ela arriscaria a própria pele por uma criança que, no fundo, não significava nada?
Talvez Paty ainda não entendesse essas coisas complexas.
Mas ações simples? Isso ela compreendia sim e com clareza.
Mônica deveria estar aliviada.
Mas, no fundo, o que sentia era o peso esmagador de quem escapou por pouco.
Olhou pela janelinha da porta, vendo a filha adormecida na cama do hospital.
Enxugou com dificuldade as lágrimas no canto dos olhos.
— Foi um mal que acabou trazendo um bem, né...
Nesse momento, ela já não pedia mais nada da vida.
Só queria que Paty pudesse crescer com saúde, em paz.
Enquanto conversavam, Bruno ainda não havia chegado mas Silvio sim.
Ele apareceu apressado, com a expressão tomada pela ansiedade.
Mais aflito até que Mônica.
— Mônica! A Pa