Ela tinha só vinte e oito, vinte e nove anos... Como não iria gostar de se sentir bonita?
Mas, sem o apoio da sogra e com o marido insistindo que o melhor era ela cuidar da filha em vez de contratar uma babá, acabou assumindo o papel de mãe em tempo integral.
Desde que a filha nasceu, chorando sem parar nos primeiros meses, até agora, já na escola primária, foram seis anos inteiros.
Seis anos em que ela fez tudo sozinha.
O dia inteiro era dividido entre cuidar da filha e dar conta da casa.
Onde é que havia tempo para cuidar de si mesma?
Juliana então disse, com firmeza e ternura:
— Sra. Mônica, antes de ser mãe, você é você mesma. Não se esqueça disso.
Mônica ficou sem palavras. Abriu a boca, mas nada saiu.
Logo o sinal bateu.
Era hora da saída.
Os portões da escola começaram a se abrir, e os alunos foram saindo, um a um.
Ao lado da creche funcionava também o colégio de ensino fundamental.
O que antes era silêncio logo se encheu de vozes, passos e risadas.
Pais e responsáveis se aglome