No espaço estreito do elevador, a temperatura parecia subir gradualmente.
Os olhos de Juliana, grandes e límpidos como dois lagos claros, miravam Bruno com uma intensidade que quase o desarmava.
Lábios entreabertos, expressão tranquila...
Ela parecia uma daquelas criaturas mitológicas. Lindas. Perigosas. Impossíveis de resistir.
E Bruno, que já era completamente apaixonado por ela, mal conseguia se controlar.
Seus cílios longos baixaram devagar, projetando uma sombra sutil sob os olhos.
A mão ao lado do corpo se fechou discretamente.
Seus olhos escuros, profundos como a noite lá fora, escondiam emoções demais.
Com a voz rouca, perguntou:
— Que pergunta?
Juliana o encarou, séria.
— Por que você tem tanta certeza de que eu sou filha da família Moreira?
Mais certeza até do que ela mesma.
O último exame de DNA indicava que não havia laços de sangue entre ela e a família Moreira.
Mesmo assim, Bruno parecia... Irredutível.
E ele não hesitou nem por um segundo:
— Porque eu confio no que eu si