Fábio levantou as mãos, com a expressão mais inocente possível, e sussurrou com os lábios:
— Não fui eu.
Ele nem tinha se mexido.
— Quem... Quem tá aí?! — Gritou uma voz hostil, cheia de ameaça. — Sua pirralha! Quero ver até quando vai conseguir se esconder! Aqui, pode gritar à vontade que ninguém vai vir te salvar!
Juliana afastou lentamente os olhos da fresta, o coração batendo forte.
Apertou com mais força a barra de ferro em sua mão.
Fábio fez o mesmo.
Ambos prenderam a respiração.
Os feixes das lanternas começaram a varrer a direção onde estavam escondidos.
As sombras projetadas no chão vinham se aproximando.
Fábio respirou fundo. A palma da mão já estava úmida de suor.
No momento em que pensava em atacar, o grito de um dos capangas ecoou pelo galpão:
— Chefe! Achei ela! Tá escondida aqui dentro!
O som de um baque metálico estrondou no ar, fazendo o couro cabeludo arrepiar.
Helena estava encolhida dentro de um tubo de aço enorme.
As pernas dobradas, o corpo inteiro comprimido, ten