Enquanto isso...
No quarto de Bruno.
Depois de terminar os exames, Paulo dispensou os demais e puxou uma cadeira, sentando-se ao lado do leito com um suspiro cansado.
— Bruno, dessa vez, faz o favor de não sair correndo por aí. Fica quieto e se recupera direito. Senão, quando sua esposa fugir com outro, só vai te restar bater o pé feito criança mimada.
A ferida insistia em reabrir. Paulo precisava admitir, Bruno era, no mínimo, teimoso até o limite da loucura.
Como médico, ele sempre falava sem rodeios, direto ao ponto, sem açúcar nem exagero.
Ainda mais nesse caso. A área atingida já era delicada por si só. Se a recuperação fosse lenta ou malfeita, o risco de uma sequela permanente era alto. E ele, Paulo, não ia carregar esse peso nas costas.
Recebeu como resposta apenas um olhar gélido.
Nada fora do comum vindo de Bruno.
Aproveitando o momento, deu um resumo rápido da confusão envolvendo Larissa.
Também não sabia dos detalhes, mas seu instinto dizia que havia um escândalo monumental