Cidade A, Hospital Aliança.
— Saiam da frente! Com licença! Abram caminho!
— Corram! Chamem o doutor, agora!
Médicos e enfermeiros avançavam às pressas pelo corredor, empurrando uma maca direto para sala de cirurgia.
Larissa vinha logo atrás, cambaleando, amparada por Juliana, que a segurava pelos ombros, tentando conter o desespero.
— Calma… A Carol vai ficar bem. Ela vai sair dessa, Larissa…
Tudo tinha acontecido apenas quinze minutos antes.
Carolina, tomada pelo desespero, correu pra fora da delegacia… E foi atropelada.
Aquela menininha tão cheia de vida agora estava ali, imóvel, olhos fechados, o corpinho coberto de sangue.
Era impossível olhar para ela e lembrar da criança alegre e sorridente de poucas horas atrás.
A tragédia veio como um raio. Em um segundo, tudo virou do avesso.
— Carol… Meu amor… Por favor, fica bem… — Larissa mal conseguia formar palavras. A voz falhava entre os soluços.
Seus olhos estavam tão inchados de tanto chorar que mal conseguiam se manter abertos.
Do l