Enquanto Joaquim estava na sala de transfusão, Larissa parecia ter perdido a alma.
Sentou-se no chão, sem forças nem pra chorar.
O olhar vazio.
A pele, pálida como papel.
As palavras de Joaquim ainda ecoavam na sua cabeça, martelando sem parar:
"Quer se livrar de mim logo para correr atrás daquele cara da outra noite, é isso?"
Mas... Ela nunca teve outro homem!
Nunca traiu Joaquim!
Nem em pensamento.
Em questão de minutos, mil pensamentos se atropelavam dentro dela.
Todos desesperadores.
Todos pesando como pedras no peito.
As vozes ao redor, as tentativas de consolo, os olhares... Tudo parecia distante, abafado, sem peso, sem cor.
Como se o mundo estivesse acontecendo em outra frequência.
Trêmula, com a voz rouca e quase sem vida, Larissa finalmente murmurou:
— Eu... Preciso ir ao banheiro um momento...
Ela precisava de espaço.
Precisava respirar. Pensar. Ou talvez só desabar.
Maia se mexeu, pronta pra ir atrás, mas Juliana a segurou pelo braço.
— Ju, ela tá péssima... — Disse Maia, o