O lustre pesado no hall de entrada balançava levemente com a força das batidas na porta.
Juliana foi arrancada de um sono profundo.
Irritada, sentou-se na cama, acendeu o abajur e desceu até a porta. No visor do interfone, apareceu a silhueta de um homem alto.
Ele estava encostado na porta, com o punho cerrado, batendo com força.
Juliana não conseguia enxergar o rosto dele com clareza.
Sem hesitar, pegou o telefone e ligou para a administração do prédio.
Enquanto aguardava a chegada dos seguranças, o homem continuava esmurrando a porta. Parecia incansável: a intensidade das batidas ia de fraca a forte, diminuía, e então recomeçava com ainda mais força.
Aquela insistência quase fez Juliana admirar a perseverança dele.
Cinco minutos depois, o pessoal da administração chegou, acompanhado por dois seguranças. Eles tentaram imobilizar o homem, mas, antes mesmo de encostar nele, levaram um soco inesperado.
De repente, o corredor virou um cenário de confusão.
Dois seguranças fortes e treinado