— Como assim eu não penso de forma pura? — Rebateu Maia, indignada, mas com um brilho travesso nos olhos. — Me diz, Ju, fala sério… Sozinhos, no meio da noite, um homem e uma mulher num apartamento, e não acontece nada? Isso sim que é um desperdício!
Juliana respirou fundo, rolando os olhos.
— Eu e ele não fizemos nada, tá bom? Se for para dizer que aconteceu alguma coisa, o máximo foi que eu… Dei uma surra nele. Serve?
— Você o quê? — Maia arregalou os olhos, como se sua mente tivesse travado de tanto tentar processar a informação.
Ela olhou Juliana de cima a baixo, com uma mistura de espanto e admiração.
— Ju… Eu não imaginava que você fosse tão… Ousada assim…
Juliana revirou os olhos de novo, sem paciência.
— Quando eu disse que bati nele, é bater de verdade, Maia. Literalmente.
Com poucas palavras, contou o que havia acontecido, como Bruno a assustou e como, por reflexo, ela o derrubou no chão.
Maia, agora sentada ao lado dela, balançou a cabeça.
— Ju, posso te falar uma coisa? Eu