O motor do carro roncava suavemente enquanto Pedro, no banco do motorista, tamborilava os dedos no volante, lançando um olhar desconfiado para a imponente mansão à sua frente. A entrada luxuosa, com um longo caminho de pedras bem alinhadas, ladeado por jardins perfeitamente aparados, destoava completamente do veículo onde estávamos. Ele soltou um suspiro exagerado antes de se virar para mim e Teri.
— Meu carro parece um sobrevivente da guerra sendo jogado no meio de um desfile da Fórmula 1. — Pedro resmungou, analisando a frota de carros importados estacionados logo à frente.
Teri riu, apoiando o cotovelo na janela aberta.
— Se a Ayla estiver certa, logo, logo, você vai poder trocar esse ferro-velho por algo que combine melhor com seu novo status de empresário de sucesso.
Ele bufou, fingindo descrença.
— Ainda não sei como você me convenceu a largar meu emprego seguro na boate pra seguir os devaneios de uma maluca.
— Tem razão, sabe... — Teri arqueou a sobrancelha e apontou para mim.