Amor por Acidente - A Stripper e o Bilionário

Amor por Acidente - A Stripper e o Bilionário PT

Romance
Última actualización: 2025-03-11
Kayla Sango  Completo
goodnovel16goodnovel
10
4 Reseñas
110Capítulos
5.2Kleídos
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Resumen
Índice

— Eu quero o divórcio, Ayla. Essas palavras caíram como uma bomba logo após eu acordar de um coma e descobrir que havia perdido meus filhos naquele acidente de carro. Perder. Eu estava perdendo muito ultimamente: meus filhos, meu marido, meu emprego, minha melhor amiga… tudo o que me restava era o fundo do poço. Ou o Inferno, como se chamava a boate de striptease onde me vi forçada a trabalhar. Talvez a única maneira de parar de perder fosse… acabar com tudo. — Não! Não faça isso! Por favor, desça daí. Voltei-me para o dono daquela voz imponente, que me chamava de volta à vida. Mas era tarde demais. Eu já estava caindo. — Eu... eu estou morta? — Por enquanto, sim. Mas nem tudo está perdido. Pode ter uma segunda chance. — O que você quer de mim? — Você terá sua família de volta, mas primeiro, você deve salvar a família dele. — Quem é ele? — Esse homem, Nicolas, está prestes a entrar na sua vida. Ele será tanto a chave para sua redenção quanto o maior desafio que você já enfrentou. Está pronta para voltar? — Sim. O tempo se dobrou sobre si mesmo, como uma fita antiga sendo rebobinada em velocidade máxima. E, de repente, eu estava novamente no topo daquele prédio, nos braços do homem cujo caminho se entrelaçava com o meu. Mas... agora que eu tinha uma nova chance de refazer tudo, por onde eu começaria? Eu seguiria o caminho do amor... ou da vingança?

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Capítulo 1

Capítulo 1

~AYLA~

A escuridão ainda pairava sobre mim quando meus sentidos começaram a despertar, como se eu emergisse lentamente de um oceano profundo. Algo frio e metálico pressionava meus dedos, e uma leve dor pulsava em meu braço esquerdo. Meu corpo estava pesado, rígido, como se estivesse acorrentado a uma realidade que eu não reconhecia. O som de um monitor cardíaco preenchia o silêncio, cada bip uma âncora, forçando-me a enfrentar o que quer que estivesse além da névoa.

Luz branca. Brilhante demais. Tentei abrir os olhos, mas a claridade me atingiu como uma lâmina, me obrigando a fechá-los novamente. As vozes ao meu redor eram abafadas, distantes, como se viessem debaixo d'água.

Minhas mãos formigavam levemente, e o frio do lençol contra minha pele fazia tudo parecer ainda mais estranho, mais real. Passos apressados ecoavam ao redor, mesclando-se ao som baixo de vozes. Cada detalhe do ambiente parecia gritar para mim que algo terrível havia acontecido, mas minha mente ainda estava presa na névoa.

— Ela está acordando... — uma voz feminina cortou o ar. Havia urgência em seu tom, mas também algo tranquilizador. Passos rápidos ecoaram pelo ambiente, aproximando-se de onde eu estava.

Meus pensamentos eram fragmentos desconexos, como peças de um quebra-cabeça que alguém jogara ao vento. Onde estou? Por que não consigo me mover? Minha boca estava seca, minha língua parecia feita de papel, e meus ouvidos captavam palavras soltas, que não faziam sentido: coma, quase um mês. Era como se eu estivesse tentando alcançar uma memória que se recusava a ser lembrada.

O toque gelado do metal contra minha pele me trouxe um fio de lucidez. Minha mente tentou se agarrar a isso, e então, sem aviso, algo mais forte veio à tona. Lembranças. Fragmentos. Imagens de um dia que parecia tão próximo, mas também absurdamente distante.

O cheiro do chão de madeira encerado. A luz do sol entrando pelas janelas. A música.

Eu estava em casa. O dia era claro, tranquilo, com o céu limpo. O som animado da minha playlist favorita ecoava pelos cômodos enquanto eu deslizava pelo chão, dançando. Sempre foi assim para mim. Não importava o que acontecesse, a dança era minha válvula de escape, minha forma de existir. Meu corpo respondia a cada batida como se aquilo fosse tão natural quanto respirar.

Lembro-me de estar limpando a sala, rodopiando com o pano na mão ao som de uma música contagiante. Era minha rotina: as manhãs ensinando balé para crianças, vendo aqueles rostinhos brilharem ao dominar um novo movimento, e as tardes em casa, cuidando de tudo com música e dança. Não era só um trabalho. Era quem eu era.

Estava completamente imersa quando a chave girou na porta, quebrando minha bolha de concentração. Olhei para a entrada e vi Miguel, meu marido, chegando mais cedo do trabalho. Um sorriso largo surgiu no meu rosto.

— Miguel! — larguei o pano no chão e corri até ele, pegando sua mão e o puxando para o centro da sala. — Vamos, dança comigo!

Ele riu, aquele sorriso meio contido que sempre me encantou, desde que nos conhecemos cinco anos atrás. Miguel nunca foi o tipo que dançava, mas gostava de me observar. Era isso que equilibrava nosso relacionamento: minha explosão de movimento e expressão, e sua calmaria silenciosa.

— Você sabe que eu sou péssimo nisso, Ayla — disse ele, rindo, enquanto eu rodopiava ao redor dele, leve e despreocupada.

Ele me puxou suavemente e depositou um beijo em minha testa. O calor daquele momento ainda estava fresco em minha memória.

— Mas continue... — sussurrou, sentando-se no sofá. — Eu gosto de te ver dançar.

Continuei, deixando a música me levar. Meu corpo parecia flutuar, os pés quase não tocavam o chão. Era sempre assim quando eu dançava: o mundo desaparecia. Tudo o que importava era a música, o movimento, a liberdade.

Quando a música terminou, me joguei no colo dele, beijando-o com paixão. Ele retribuiu, mas algo estava diferente. Seus olhos carregavam uma inquietação que eu não conseguia interpretar.

— O que foi? — perguntei, tentando recuperar a leveza do momento.

— Só... problemas no trabalho — respondeu, suspirando. — Não estou me sentindo muito bem hoje — Antes que eu pudesse insistir, ele entregou as chaves do carro. — Você pode buscar as crianças na escola? — pediu, com um tom cansado.

— Claro, vou agora mesmo. — Sorri, tentando animá-lo. — Mas, quando eu voltar, continuamos de onde paramos, certo?

Ele riu, mas sem a usual energia. Peguei minha bolsa e saí, ainda leve, com o coração tranquilo. O sol brilhava intensamente quando entrei no carro e dei partida.

A lembrança terminou abruptamente, cortada por uma dor avassaladora que percorreu meu peito. Meu corpo estava rígido na cama hospitalar, minha respiração presa na garganta. O som da batida voltou como um trovão. O impacto. O grito.

Eu queria falar, mas tudo o que consegui foi um sussurro rouco:

— Meus filhos...

Minha voz ecoou no ambiente, e de repente tudo fez sentido. Ou talvez não fosse sentido, mas um vazio devastador que me dizia o que eu já sabia.

— Meus filhos! Onde estão meus filhos? — Minha voz saiu como um grito desesperado, enquanto eu tentava me levantar. A dor perfurou meu peito como facas afiadas, e mãos firmes me empurraram de volta.

— Por favor, fique calma! — disse uma enfermeira, seus olhos carregados de compaixão. — Não se mova. Você precisa descansar.

Eu não conseguia. Minhas lembranças me puxavam como correntes. Heitor, me contando sobre o que aprendeu na escola. Manuela, brincando com suas tranças, rindo no banco de trás. As risadas, o sol, o som da música no carro.

E depois, o impacto. A escuridão.

— Meus filhos... — murmurei novamente, minha voz falhando. — Onde estão meus filhos?

A enfermeira hesitou. Seus olhos me disseram o que eu já sabia, mesmo antes que ela abrisse a boca. O ar ao meu redor ficou denso, como se estivesse sendo sugado para fora do quarto. O chão parecia desmoronar sob mim.

Eles não precisavam dizer. Eu sabia. Eu sabia desde o momento em que acordei neste lugar frio e desconhecido.

Meus filhos se foram.

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Cristina Monteiro
História maravilhosa, contagiante, viciante
2025-05-27 20:26:18
0
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Sandra Maria Delboni Vizachri
Jesus! coitada da ayla ja sofreu muito. agora quem tem que sofrer e a que se dizia ser amiga dela e tirou o marido dela e o emprrgo dela, maldade total. agora essa inimiga dela merece sofrer muitoooooo. so faltava esse nikplas se engracar e transar c. essa imimiga da ayla.
2025-05-27 01:14:51
0
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tr.xanda
bom enredo, histórias envolventes... já estou a aguardar pelo próximo
2025-03-13 09:22:36
1
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Anne Karoline
imagina perder os filhos sofrer um acidente e ainda depois o marido pedir o divórcio? ayla estou curiosa pra ti conhecer. espero que seja uma mulher forte .... você merece ser feliz
2025-03-04 20:37:02
3
110 chapters
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
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