O silêncio que se seguiu à revelação da Árvore do Véu era denso e carregado de peso. O campo, antes iluminado pelas estrelas que dançavam no céu invertido, parecia agora um espaço suspenso entre o tempo e o vazio. Cada um dos guardiões sentia o fardo da decisão, e suas palavras, antes confiantes, agora se tornavam fragmentos de dúvidas.
Celina foi a primeira a quebrar o silêncio, seus olhos fixos na esfera luminosa no centro da Árvore.
— Não é justo. Não deveríamos ter que escolher entre salvar o Véu ou sacrificar uma parte de nós mesmos. Não deveria haver essa necessidade de renúncia.
Kael olhou para ela, seu rosto marcado pela tensão, mas com uma expressão de compreensão.
— Talvez o que o Véu nos ensina é que todo equilíbrio exige uma troca. Como no mundo que conhecemos, onde tudo se mantém na harmonia pela constante dança entre o dar e o receber. Não podemos esperar que a luz se mantenha sem a sombra.
Lira estava ao lado de Kael, tocando levemente a raiz que se estendia para ela, c