O céu estava limpo naquela manhã, o tipo de azul cristalino que Nina sempre associava com dias em que algo importante estava prestes a acontecer. E ela não estava errada.
Alex dirigia com uma tranquilidade quase teatral, como se estivesse segurando uma surpresa debaixo do casaco. Nina, sentada no banco do passageiro, observava a paisagem mudar à medida que saíam da área urbana e mergulhavam por estradas ladeadas de árvores centenárias, flores silvestres e ocasionalmente um campo aberto que parecia estendido só para eles.
— Vai me dizer pra onde estamos indo? — ela perguntou, desconfiada. — Ou isso é uma emboscada?
— Uma emboscada romântica, talvez — ele sorriu, os olhos fixos na estrada. — Confia em mim?
— Já estou dentro do carro, não estou?
Ele riu.
— É mais do que um passeio. É… uma possibilidade.
— Possibilidade?
— Você vai entender quando chegar lá.
Nina se ajeitou no assento, a barriga começando a pesar nos últimos dias. Já se via claramente sob as roupas leves. O quinto mês vin