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Acusada de Traição pelo Meu Marido, Eu Enlouqueci

Acusada de Traição pelo Meu Marido, Eu EnlouqueciPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Dióspiros  Completo
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Resumen
Índice

Após sete anos de casamento, finalmente engravidei do meu marido. No entanto, ele passou a duvidar que o filho que eu esperava fosse realmente dele. Irritada com a situação, decidi fazer um exame de paternidade. Antes que o resultado saísse, ele apareceu na porta da casa dos meus pais, com uma foto em mãos. Para meu desespero, minhas roupas íntimas haviam sido encontradas na casa de um dos seus amigos. — "Você, mulher imunda, tem a coragem de me trair e ainda me faz criar o filho de outro. Morra!" Com essas palavras, ele usou um chicote para desmaiar minha mãe, que estava me protegendo, e me bateu até que eu perdesse o bebê. Quando o resultado do exame chegou e ele soube a verdade, ele se ajoelhou, implorando para que o filho perdido voltasse.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Eu e Simão Duarte estávamos casados há sete anos, e finalmente iríamos ter nosso primeiro filho.

Quando, cheia de felicidade, levei o resultado do exame de gravidez para ele, Simão franziu a testa e me perguntou:

— Esse filho é de quem?

Fiquei surpresa.

— O filho é seu, claro.

— Nós estamos casados há sete anos e não tivemos filhos. Eu fiquei fora por dois meses e, logo depois, você engravida? Está me enganando?

Ao ouvir essas palavras, meu coração gelou instantaneamente. O bebê já estava na minha barriga há mais de dois meses, e, de acordo com o tempo, não fazia sentido.

A mãe dele, que estava ao lado, debochou:

— Eu sempre disse que você saía muito à noite. Agora entendi... Estava procurando outro homem.

Eu saía à noite com frequência porque estava fazendo horas extras no trabalho.

Eu estava completamente arrasada com o que ouvir, e os dois, mãe e filho, me fizeram chorar.

Por fim, eu disse:

— Se você não acredita em mim, então vamos fazer um teste de paternidade!

Não esperava que Simão aceitasse tão facilmente. Fiquei desapontada com ele, e naquele mesmo dia, após o exame, voltei para a casa dos meus pais.

O resultado do teste de paternidade só ficaria pronto três dias depois.

Simão e eu combinamos de ir ao hospital juntos no dia em que o resultado saísse.

Se o filho fosse dele, ele se ajoelharia e pediria desculpas. Se não fosse, ele pediria o divórcio e eu não teria direito a nenhum bem.

Durante aqueles três dias, Simão não entrou em contato comigo.

Eu estava furiosa e triste ao mesmo tempo. Falei para minha mãe que, assim que o resultado do teste saísse, faria um aborto e me divorciaria dele.

Minha mãe tentou me convencer a dar uma chance a ele.

— Simão te ama muito, você não engravidou durante todo esse tempo, e ele nunca questionou nada. Agora que você está grávida, é natural que ele desconfie. Espera mais um pouco, amanhã o resultado sai, e Simão vai acabar dando um tapa na própria cara.

Aquilo não estava errado. Embora Simão fosse temperamental, ele realmente me amava.

Decidi ouvir minha mãe e lhe dar mais uma chance.

No dia de ver o resultado do teste, acabei dormindo demais.

Estava me preparando para sair, quando o interfone tocou.

Quando abri a porta, Simão estava lá fora.

Eu imaginei que ele tivesse visto o resultado do teste de paternidade e estava vindo até mim para se desculpar.

— Simão, você já viu o resultado do teste de paternidade, eu não...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Simão me deu um tapa.

A força foi tanta que me fez perder o equilíbrio. O impacto foi tão forte que a visão escureceu por um momento, e senti o gosto metálico do sangue na boca. Meu ouvido começou a zumbir.

Levantei a cabeça, sem acreditar no que havia acontecido.

— Simão, você enlouqueceu!

Outro tapa.

Fui empurrada para trás, não consegui me sustentar e caí no chão.

Meu corpo bateu na mesa.

Os objetos que estavam sobre ela caíram no chão com estrondo.

O barulho chamou minha mãe, que estava no quarto. Ela saiu correndo, gritando, e rapidamente me ajudou a levantar.

— Simão, que direito você tem de bater nela?

— Ela merece ser espancada. — Simão estava com os olhos vermelhos, e, num gesto furioso, pegou a caixa de lenços de papel que estava sobre a mesa e a lançou em minha direção. — Helena Lima, você me traiu, e eu vou te matar, sua vadia!

Vi a caixa de lenços voando em minha direção, e puxei minha mãe para me afastar.

O que ele estava querendo dizer com aquilo?

Será que o resultado do exame indicava que o filho não era dele?

Eu disse, desesperada:

— Eu nunca te traí com outro homem. Deve haver algum engano.

— Engano? — Simão, furioso, pegou o celular e abriu uma conversa. Ele me jogou o aparelho. — Isso é a prova. Não há engano nenhum.
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